sábado, 17 de agosto de 2024


 Convocas em mim essa tempestade

De que és o início

E só tu podes ser saciedade.

Amena me desunes

Entre a alegria e o rasgar,

És tu que fazes desaguar em mim

As navegações de uma certa dor

Que os amantes conhecem bem,

Que os sonos e insónias percorrem.

Em mim nasces como um turbilhão

E és tão cruel, tão crua,

Mas a tua crueza, a minha dor

Nada disso, nada, é culpa tua.


Nuno Rocha Morais

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