Memória.
O tempo sai de um cristal
E vem animar as estátuas
Que juncam o esquecimento,
Toca-lhes e elas falam.
Será possível que tanto tenha ficado
Dos tempos destruídos?
Agora, como uma gaivota,
A memória voa sobre tudo isso,
Tudo vê pela distância imensa,
Não toca em nada,
Vê, apenas, vê,
Um ver que perfura.
Há uma respiração que sangra,
Nomes que acordam
E se arrastam, insones
Em ebulição
Pela melancolia.
Nuno Rocha Morais
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