Da face visível da lua.
Porém, talvez do outro lado,
Tu me ames
E o crepúsculo desabe sobre as águas
Plácido, entregando-se
Numa certeza feliz.
Assim também nós,
Dentro dos corpos buscando a ceifa
Em lunações maduras,
Estações humosas.
Talvez do outro lado da lua
Os regressos e os caminhos
Já não estejam desencontrados,
Talvez do outro lado, talvez aí.
No entanto, esse lugar
Está no centro do tempo que morre
Sob o tempo em que vivemos.
Nuno Rocha Morais
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