Sou português a cada
instante.
Atira-me com isto.
E sei agora que em cada
português
Existem dois:
Aquele que a cada Abril
Se sente obrigado a uma
revolução
E se levanta,
Logo apedrejado pelo
outro sub-português,
Que o mata,
Solenemente lhe entrega
o bronze de mártir
Para o chorar,
Livre assim, para o não seguir.
Livre assim, para o não seguir.
Nuno Rocha Morais
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