quinta-feira, 25 de abril de 2019

Sou português a cada instante.
O tempo, ingénuo e pervicaz,
Atira-me com isto.
E sei agora que em cada português
Existem dois:
Aquele que a cada Abril
Se sente obrigado a uma revolução
E se levanta,
Logo apedrejado pelo outro sub-português,
Que o mata,
Solenemente lhe entrega o bronze de mártir
Para o chorar,
Livre assim, para o não seguir.

Nuno Rocha Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário

As searas navegam no vento, Os campos correm, ondulam. Eu sei, este tempo morrerá aqui E os mortos escurecerão a terra. A vida ensina a morr...