domingo, 20 de novembro de 2016

Folha por folha, sem repetição,
Em cada anel somado ao tronco.
Temem tanto a primavera como o Outono –
Não temem na sua tolerância tenaz,
Na sua constância consciente e desconhecida.
Agora, são um animatógrafo 
De folhas, de pássaros, de ventos menores.
Mudam, mudaram, voltarão a mudar,
Sem nunca se perderem.
Será possível que os outros nos desconheçam tanto
Que nos comecemos a desconhecer nós próprios?
Inteiramente conscientes
Na morte e na vida
                                  Nuno Rocha Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário

Onde estais versos magníficos, Cantos de fachada belíssima, Naves de silêncio imponente, Palavras que ultrapassam o tempo, Onde estais, que ...