Como a mãe de d’Artagnan,
esse unguento milagroso,
O bálsamo talvez levemente
fétido,
Certamente inútil,
Produto de uma
sabedoria
Que ganhou o ranço da
ingenuidade.
Como d’Artagnan logo
percebeu
Havia dores, feridas,
que o bálsamo
Não podia compreender,
muito menos mitigar.
O bálsamo que a minha mãe
me deu
Vinha dentro de mim,
Esse que, em voz
aflautada pela ironia,
Se designa por amor de
mãe,
E a sua pureza muito
podia
Contra os inúmeros
Rocheforts do mundo.
Nuno Rocha Morais
Querida Eilsabete,
ResponderEliminarler a poesia do Nuno é sempre uma descoberta.
... aquela melancolia de fundo diluída em suave ironia e imensa ternura.
Espero que esteja tudo bem com você.
Aqui, a minha tradução e um forte abraço.
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Quando partii, mia madre non mi diede,
Come la madre di d’Artagnan, quell’unguento miracoloso,
Il balsamo forse lievemente maleodorante,
Di certo inutile,
Frutto d’una saggezza
Impregnata del rancido dell’ingenuità.
Come d’Artagnan capì subito
C’erano dolori, ferite, che il balsamo
Non poteva conoscere e tanto meno mitigare.
Il balsamo che mia madre mi diede
Entrava dentro di me,
Quello che, con voce flautata d’ironia,
Si definisce amor materno,
E la sua purezza aveva grandi poteri
Contro gli innumerevoli Rocheforts del mondo.