Chegando ao limiar do bosque,
Canto de tordo – atento!
Se agora era o acaso fora,
Estava já escuro dentro.
Já muito escuro para a ave,
Embora no bosque voasse
Mudando o pouso para a noite,
Embora ainda cantasse.
O último dos raios de sol
Que a oeste estava morto
Para uma canção mais vivia
No peito deste tordo.
Lá ao longe, no escuro erguido,
A música no ar –
Quase um apelo a que entrasse
No escuro para chorar.
Mas não, eu procurava estrelas...
Nuno Rocha Morais
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