Em que não acredito,
Trago em mim o céu e o inferno
E o pecado volúvel
Que não é fronteira entre os dois.
Da forma simples,
Moldei o labirinto
Das lendas, dos segredos;
Trago no verso o súbito lembrar
De toda a mitologia
Que sou eu:
Dividido no fogo de imagens,
Reflexos, ora reais, ora falsos,
De eternos e mortais
De que o poeta é o mesmo orbe.
Nuno Rocha Morais
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