sábado, 19 de abril de 2025

Criei em mim os deuses

Em que não acredito,

Trago em mim o céu e o inferno

E o pecado volúvel

Que não é fronteira entre os dois.

Da forma simples,

Moldei o labirinto

Das lendas, dos segredos;

Trago no verso o súbito lembrar

De toda a mitologia

Que sou eu:

Dividido no fogo de imagens,

Reflexos, ora reais, ora falsos,

De eternos e mortais 

De que o poeta é o mesmo orbe.


Nuno Rocha Morais 

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