Sou, às vezes, a última hora de um homem
E preparo-me para morrer
Encostando ao queixo de adulto
Joelhos de criança
Quebrada por fábulas vazias –
Casas abandonadas,
Pessoas mortas,
Amores ínvios.
E algo em mim pede:
Desiste, por favor, de existir,
Ignora a minha fome, a minha sede,
Leva-as no fogo que se extingue,
Na minha lava que arrefece.
Mas o caminho para ti,
Ainda que nada de ti se adivinhe,
Continua. E eu continuo.
Nuno Rocha Morais
Sem comentários:
Enviar um comentário