Sem mãos e sem lábios,
Em ruas sem nome, portas sem número,
Que o rosto dele dispersou como pó
E é uma impossibilidade;
Ela escondia-o tão bem em si,
A ponto de a carne dele ser uma mentira
Que o corpo não bastava para desmentir.
Agora, atingido este conforto,
Verdade alguma o pode encontrar
E tudo acaba bem, com ela a esquecer
Que alguma vez o escondeu,
E ele mesmo esquecido de si.
Nuno Rocha Morais
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