Ser apenas um rosto e um nome
Poucas vezes usado, cada vez menos,
Até que entre si os sons perdem os sentidos
E o nome se desagrega e se extingue.
O rosto, esse desvanece-se,
As feições desaparecem no vazio.
Não faz falta, era desnecessário,
Se isto se pode dizer de um rosto, de um nome,
Se é que a ausência deste rosto, deste nome,
Não serão para sempre a brecha
Impossível de colmatar,
O dedo que já não está no dique.
Não era só um rosto, não era só um nome.
Nuno Rocha Morais
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