Era um destes dias de sol de limão,
Um dia de secura nos olhos,
De céu seco de aves que tanto amo.
A cada esquina, era o vento norte
Que dobrava os rostos.
Foi então que, na magia do acaso,
Ou talvez da chama voluntária
Ouvi as palavras prementes da ternura inadiável
Do magnetismo daquelas palavras,
Uma ave despertou as suas asas,
O ritual da indelével aliança.
E voou.
Depois outra e mais outra,
Aves que se tornaram céu,
Indo além do espaço –
Para o coração.
Para o coração.
Nuno Rocha Morais
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