As mães, todas as mães
Trazem um fragmento do tradicional Maio
Sempre nas mãos (ai, as mães e o seu prudente desvelo)
Com que remendam os olhos após muito choro.
As mães, também a minha mãe,
Que nos dão banho até aos ossos
E nos criam braços para o dia seguinte
E nos levam através do tempo pela mão.
A mãe, a minha mãe, a mãe
Eternamente minha, a mãe eterna...
Ai, a mãe é sobretudo o gesto do afago
Ardendo na transparência dos seus dedos.
Ai, se ao longo das palavras mais extensas
Se pudesse dizer quem é a mãe,
O amor pela mãe... Mas não,
A mãe imensa cabe apenas
Em Mãe.
Nuno Rocha Morais
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