domingo, 25 de março de 2018

CONTRASTE


 
A cidade e o velho.
A cidade, tecido fumoso e irregular,
Onde moléculas se agitam, fervem,
Constroem, destroem.
E o velho, que sentado num banco de jardim,
Estático, fixa algo,
Talvez o pórtico da vida
E Infinito.
A cidade vive devorando-se
O velho morre vivendo.


Nuno Rocha Morais

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