domingo, 10 de setembro de 2017

Sobre o mar, a noite começa a ser
Uma espécie de possibilidade.
A tua mão escreve com as ondas
Nervosos postais,
O teu cabelo esvoaça ao encontro da brisa.
Juntos aqui, junto ao mar,
Quem é cada um de nós,
A que outro se mistura,
Com o ocaso, a brisa, o rumor?
Continuas a escrever.
Em mim pousa a profunda calma do mar,
Há feridas antigas que voltam para dentro,
E desaparecem, não deixando sequer cicatriz.
Ouvi-te realmente dizer
Que esta é a paisagem de seres feliz?

Nuno Rocha Morais

2 comentários:

  1. Sopra il mare, la notte comincia ad essere
    Una sorta di possibilità.
    La tua mano scrive con le onde
    Nervose cartoline,
    I tuoi capelli volteggiano sulla scia della brezza.
    Qui vicini e vicini al mare,
    Chi è ciascuno di noi,
    A cui l’altro si unisce,
    Insieme al tramonto, alla brezza, al rumore?
    Continui a scrivere.
    In me s’annida la profonda calma del mare,
    Ci son ferite antiche che ritornano dentro,
    E spariscono, senza lasciare nessuna cicatrice.
    Ti ho davvero sentito dire
    Che questo è lo scenario per essere felici?

    Prendem-me sempre estas correntes de palavras com elos de delicado sentir.
    Desculpe, Elisabete, o meu longo silêncio. Logo, vou voltar a lhe escrever de novo.
    Beijinhos e até sempre
    Manuela

    ResponderEliminar
  2. Com que prazer leio os seus comentários aos poemas do Nuno!

    Muito obrigada pela sua atenção e belas traduções, assim como as suas sensíveis palavras.

    Um grande beijinho e até sempre

    Elisabete

    ResponderEliminar

Onde estais versos magníficos, Cantos de fachada belíssima, Naves de silêncio imponente, Palavras que ultrapassam o tempo, Onde estais, que ...