Não ter eu um país
Nunca soube ter um país
Um pais uma nacionalidade
Que me dissesse sob que perspectiva
O sol se põe qual a importância das direcções
Oeste país das velas
Sul reinos de águas morenas
Leste ou norte império do esquecimento
Um pais de nome pequeno
Que nunca seria gravado no tímpano de um mapa
Um nome como um seixo
Sim um país pequeno engolido entre as suas fronteiras
País quero dizer corpo ternura
País de montanhas prados vales rios
Um país que me ame
Um país que eu saiba amar
Que me peça esforço mas me conceda regresso
Que não desapareça na erosão do oceano
Que não seja terra volúvel
Um país rubro plano negro
Onde a morte me suba tranquila
E me dê tempo de a pensar
Não ter eu um país subjugado por mim
Estou de pé estar de pé é pedir independência
Sou túmulo do meu país
O meu país é ser meu túmulo
Nuno Rocha Morais
sexta-feira, 10 de junho de 2016
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