Que da obra fique,
Não aquilo que desagua num suspiro,
Num fim;
Não o nada que se segue
Ao que está apaziguado na completude;
Que da obra fique antes
O contínuo gesto das estações,
Da busca da obra que cresce,
Germina, leveda;
Que da obra fique
O contínuo gesto de ser feita,
Mas animada pelo sábio ritmo da destruição;
A imperfeição conquista o tempo:
Que continuamente a obra se faça
No fazer-se do tempo.
Nuno Rocha Morais
domingo, 15 de maio de 2016
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