O poder
E o meu passado está em
paz,
Diluído.
Sinto-te, estás aqui,
Estás na minha margem
do silêncio,
É minha toda a tua
presença.
Um poder –
Poderosamente.
Disseste-me, então,
Que levarias tudo,
As areias do corpo,
A doçura espessa de
alguns gestos,
Tudo: os oásis da música,
Os rastos do sussurro,
Os verbos termos em que
adormecíamos.
Deixas, porém, as
noites violentas,
O deserto da casa,
A tua presença.
Que passa no silêncio
das coisas.
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