Afinal, morre-se, mãe
E o teu ventre já não
pode prometer nada.
Noite após noite, os
olhos,
Os meus e os teus,
Apagam-se um pouco
mais.
Afinal, morre-se sem um
crime,
Pode-se morrer
puramente,
Morre-se sempre, mãe.
Só o teu ventre não
acredita nisso.
Eu queria morrer ao teu
lado,
Porque, afinal,
morre-se, mãe.
Morrer, ao teu lado, não
teria significado algum;
Como morre alguém
perante o lugar de nascer,
Perante a idade de que
se emergiu?
Mas, afinal, morre-se
E morrer é estar de
novo ao teu lado,
Mais – envolvido no teu
ventre
Que afasta o tempo e a
morte
De quem se prepara para
nascer.
ResponderEliminarInfine, si muore, mamma
Infine, si muore, mamma
E il tuo ventre ormai non può prometter nulla.
Notte dopo notte, gli occhi,
I miei e i tuoi,
Si spengono un po’ di più.
Infine, si muore senza un delitto,
Si può morire tout court,
Si muore sempre, mamma.
Solo il tuo ventre non ci crede.
Io vorrei morire al tuo fianco,
Perché, infine, si muore, mamma.
Morire, al tuo fianco, non avrebbe alcun senso;
Com’è che uno muore davanti al posto dov’è nato,
Davanti all’età da cui è emerso?
Ma, infine, si muore
E morire è starti di nuovo accanto,
Non solo – ravvolto nel tuo ventre
Che respinge il tempo e la morte
Di chi si prepara a nascere.
(Tradução italiana de Manuela Colombo)