sábado, 12 de setembro de 2015


Trago a cabeça cheia de códigos,
Trago outros em cartões.  
São os odores, os toques de antenas,
As secreções por que o sistema,
A grande mãe cega, me reconhece.
O meu nome pouco interessa
Ou os carreiros que sigo,
Onde é a minha toca ou formigueiro.
Estes números são os poros
Por que respiro, o sinal
Que me torna visível no sonar,
Que me abre portas que desembocam
Noutras portas e estas desemportam
Noutras bocas.
Não estamos tão longe de insectos pitagóricos,
Tão longe de demonstrar a existência de Deus.

              Nuno Rocha Morais


Definição

É algo que não pode voltar, Como um rio que passa, E dura, e jamais volta. É algo como um sono Em que o voo se dissolve E de onde nunca mais...