sábado, 14 de fevereiro de 2015

Comovem-se. Já é alguma coisa.
Porque talvez os matadouros e aviários
Sejam imagens demasiado perfeitas
Dos nossos pensamentos, afectos, almas,
Comovem-se, sentindo-se expostos,
Provados nessa agonia
De pios e mugidos. Comovem-se,
Mas logo acorre nas almas
A escarninha brevidade dos fósforos.


                     Nuno Rocha Morais


O ar bárbaro do mar encerra as veias E o choro dos ausentes. O vento range memórias de amarras E o sal traça o odor de epopeias marítimas. A...