Todo o sono ao fundo,
Resumido num ponto irrespirável
De longe, vem a noite
Sedimentar as suas vozes
E todo o pensamento se ateia,
Envenenado de imagens,
Deslumbrado de tristeza incógnita
Que alastra pelo meu nome
E se torna a minha idade,
A minha biografia.
Pela trama da tristeza é que eu penso,
Por aqui passam pesadas,
As pré-históricas horas,
Fossilizadas nesse passado
Em que me consumo.
Que importa o presente
De que, levemente, bebo a morte?
Ah!, e só ver os olhos dela
Seria apagar pegadas rumo ao meu fim.
Nuno Rocha Morais
Sem comentários:
Enviar um comentário