A noite fugindo pela saudade dentro,
Luz insone e constante
Que narra a tua memória.
Por onde se desperta,
Onde é que a folhagem do sono acaba,
Vencer este sono sonâmbulo
Que és tu, apenas tu?
Tu não és o tanto – és o tudo
E nunca o tudo poderá ser tanto como tu,
Farol narrando o rumo na bruma,
Tu serás sempre o chamamento do fim.
Dividido, soltando sonhos na deriva do ar
Deixo cair a cabeça no incerto amplexo do sono.
Nuno Rocha Morais